Se não bastasse a tragédia causada pela própria doença, a pandemia do coronavírus ainda trás consigo outro dado alarmante. Houve uma redução acentuada no número de cirurgias para o tratamento do câncer (que chegou a 70% em alguns centros do país), acompanhado de uma queda de até 90% das biópsias realizadas para o diagnóstico de novos casos.
Estima-se que até 90 mil brasileiros deixaram de receber o diagnóstico de câncer nos dois primeiros meses da pandemia. Os dados foram levantados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) e Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) junto aos principais serviços de referência do país, nas redes pública e privada.
Isso leva a crer que existirá uma epidemia de casos avançados de câncer no período pós pandemia do COVID-19. Quanto mais avançada a doença no momento do diagnóstico, mais complexos tendem a ser os tratamentos instituídos e menores as chances de cura do paciente.
Neste sentido, nossas instituições têm criado fluxos de diagnóstico, atendimento e internação, com protocolos de segurança “covid-free”, para que os pacientes possam continuar seus tratamentos oncológicos de forma segura mesmo durante a de pandemia.
Foto: Imagem do coronavírus - Peter Linforth/Pixabay