O Câncer de próstata é a neoplasia mais frequente do homem e atinge aproximadamente 15% da população masculina. Atualmente no Brasil vivem 12 milhões de homens, sendo que destes dois milhões serão acometidos pelo câncer da próstata. Essa estatística alarmante se contrapõe a outra mais alentadora: apenas 1 em cada 18 pacientes morrerá pela doença. A sobrevida se deve a tumores indolentes (pouco agressivos) e às ações terapêuticas dos médicos.
O câncer de próstata é raro antes dos 45-50 anos, entretanto o seu surgimento aumenta com o aumento da idade. Duas condições aumento o risco de contrair o câncer de próstata: a etnia e a predisposição genética. Em homens orientais a frequência é 70% menor que a média. Já os negros tem o dobro da incidência, e nesses, costuma ser mais agressivo. A incidência do câncer aumenta de 2-5 vezes quando pai ou irmão são portadores do mal, sendo que nestes casos o tumor pode se manifestar em idades mais precoces. Por isso, homens com histórico familiar devem realizar exames preventivos a partir dos 40 anos, e não após os 45, como preconizado para população masculina em geral.
No inicio, o câncer de próstata não gera sintomas, eles só surgem quando a doença já está avançada, por este motivo é muito importante realizar os exames de check-up anualmente, para diagnosticar a doença, quando ela existir, ainda em fases iniciais e com alta probabilidade de cura.
Para buscar o diagnóstico os urologistas recorrem ao toque da próstata e a dosagem sanguínea do PSA (sigla em inglês para antígeno prostático específico). Esses dois exames devem ser feitos conjuntamente, já que isolados, falham, respectivamente em 50% e 25% dos casos atingidos pela doença. Realizando os dois testes, apenas 7-8% dos cânceres deixam de ser identificados.
O toque da próstata ainda continua sendo um tabu para muitos homens. A verdade é que o toque é feito em 5-10 segundos, de forma indolor, e o desconforto psicológico de alguns segundos é infinitamente melhor do que o câncer descoberto tardiamente.
Quando o Urologista percebe que existe uma alteração suspeita de câncer de próstata no PSA ou no toque prostático, ele irá recomendar uma biópsia da próstata que irá confirmar ou afastar o diagnóstico suspeito.
O tratamento adequado para o câncer de próstata é individualizado. Quando ele atinge indivíduos com poucos anos de vida e tumores indolentes nem precisam ser tratados. Homens com mais de 10 anos de expectativa de vida ou com doença agressiva o tratamento é definido em função da extensão da doença.
Pacientes com doença restrita a próstata são tratados por cirurgia ou radioterapia. Já tumores que se estendem para outros órgãos são controlados com medicações hormonais.
O tratamento cirúrgico (prostatectomia radical) consiste na remoção completa da próstata, das vesículas seminais e dos gânglios linfáticos da região pélvica. Essa cirurgia pode ser realizada por via retro púbica aberta (incisão abdominal), ou mais recentemente por cirurgia robótica.
Na prostatectomia radical robótica o paciente fica menos tempo internado, menos tempo com sonda vesical, tem menos dor no pós operatório e recupera-se mais rápido. O robô cria uma imagem magnificada em 3D, que auxilia o cirurgião a realizar uma dissecção mais precisa dos feixes vasculho-nervosos cavernosos que são responsáveis pela ereção peniana e continência urinária.
A sociedade Brasileira de Urologia recomenda a realização do exame digital da próstata e a dosagem sérica do PSA a todos os homens acima de 50 anos. Homens com histórico familiar de câncer de próstata e homens da raça negra, são recomendados a fazer esses exames a partir dos 45 anos.
Ter uma alimentação saudável, não fumar, ser fisicamente ativo e visitar periodicamente o médico são medidas que favorecem a melhoria da saúde em geral, e ajudam na prevenção deste câncer.
Não deixe essa doença assustar você. Vá ao urologista! Marque uma consulta com o Dr. Rafael Rocha Vidal e veja como ele pode ajudar a melhorar a sua saúde e a sua vida!