É o nome que se dá à cirurgia realizada com auxílio da plataforma robótica para retirada de toda bexiga e dos linfonodos pélvicos. Em homens, a próstata e as vesículas seminais também são retiradas. Já nas mulheres, os ovários, as trompas de Falópio, o útero, e uma pequena parte da vagina; tudo localizado pode ser removido juntamente à bexiga. Essa cirurgia estará indicada nos casos de câncer musculo-invasivo (tumor que invade as camadas musculares da bexiga).
O sistema Da Vinci disponibiliza uma alternativa menos invasiva para realizar este tipo complexo de cirurgia. Os principais benefícios dessa técnica estão relacionados ao pós-operatório mais confortável e com menos dor.
Com o paciente sob anestesia geral, a cirurgia pode ocorrer através de pequenos furos bem localizados no abdômen, por onde são introduzidos as pinças robóticas e uma câmera que cria uma imagem magnificada em 3D. Com isso, o procedimento tem uma taxa de sangramento menor e, realizada a cistectmoia radical, o tempo de internação hospitalar mais curto e uma recuperação mais precoce.
Com a remoção da bexiga se torna necessário criar uma forma de substituir o papel desempenhado pelo órgão removido, ou seja, durante a cistectomia o urologista deve criar uma derivação urinária. Existem basicamente dois grandes grupos de derivações urinárias: as continentes , que são aquelas em que o paciente continua tendo a capacidade de armazenar a urina; e as incontinentes, nas quais o paciente elimina urina de maneira contínua e involuntária.
Nas derivações continentes nós retiramos um segmento de intestino para recriar uma “nova bexiga”. Mas como o intestino não tem a mesma capacidade contrátil de uma bexiga, alguns pacientes podem ter dificuldade em esvaziar por completo o novo reservatório, necessitando algumas vezes de realizar sondagens diárias para esvaziar a urina retira.
Nas derivações incontinentes retiramos um segmento de intestino para criar um conduto que será exteriorizado na parede abdominal. Este conduto leva a urina produzida pelos rins para uma bolsa coletora acoplada na pele do paciente, que por sua vez, armazena a urina produzida.
Não existe uma derivação urinária perfeita ou ideal. Cada forma de derivação apresenta suas características e peculiaridades, cabendo ao urologista expor essas características para auxiliar o paciente na sua tomada de decisão.