Disfunção Erétil

“O Homem sobrevive aos terremotos e a todas as torturas da alma, mas a tragédia mais atormentadora é a que ocorre no quarto.” Liev Tolstói.

O pensamento deste renomado escritor russo do século XIX reflete a magnitude do problema que a disfunção erétil pode representar na vida de alguns homens. 

A disfunção erétil é a incapacidade de ter ou manter o pênis ereto por um período suficiente para manter uma relação sexual satisfatória. A disfunção erétil (DE) pode ter origem em diversos fatores, sejam eles físicos ou psicológicos, e muitas vezes é uma combinação de ambos.  Estima-se que ao redor do mundo, 155 milhões de homens apresentem disfunção erétil. 

 

O que ocasiona a Disfunção Erétil?

Nem sempre é possível determinar a causa exata da disfunção erétil e muitas vezes podem coexistir fatores para isso. A impotência sexual está relacionada a diversas enfermidades como:

  • Distúrbios psicológicos
  • Doenças hormonais (diabetes, deficiência de testosterona, problemas endócrinos)
  • Doenças neurológicas (lesões na medula, mal de Alzheimer e Parkinson)
  • Doenças vasculares, que obstruem o fluxo das artérias e veias, prejudicando a chegada do sangue ao pênis (hipertensão arterial e aterosclerose)
  • Consumo excessivo de medicamentos
  • Cirurgias pélvicas
  • Doença de Peyronie (fibrose dos corpos cavernosos)
  • Alcoolismo e tabagismo

 

Fatores de risco

Os fatores de risco associados ao surgimento da disfunção erétil são os mesmos associados ao surgimento de doenças cardiovasculares:

  • Diabetes
  • Hipertensão arterial
  • Dislipidemia (colesterol e triglicérides alterados)
  • Tabagismo
  • Obesidade
  • Sedentarismo

Isso acontece porque a ereção é um fenômeno vascular. Para que o pênis fique rígido há necessidade de um aumento do fluxo sanguíneo para o mesmo, aumentando sua turgidez até que fique plenamente ereto. Quando há comprometimento da vascularização por algum desses fatores, a disfunção erétil pode se estabelecer.

Outros fatores de risco são situações que abalam a autoconfiança do homem, como desemprego, aposentadoria, crises financeiras, luto na família, entre outros.

 

Diagnóstico

A impotência sexual é curável, mas para isso primeiro é preciso obter o diagnóstico correto. O diagnóstico da disfunção erétil é eminentemente clínico, o que significa que o médico chegará a uma conclusão conversando com o paciente.

 

Tratamentos possíveis

A partir do final da década de 90, com o surgimento de medicamentos comprovadamente eficazes em tratar esse distúrbio, esse tormento começou a ter um peso menor na vida dos homens. 

O tratamento inicial da DE é realizado com medicamentos e/ou psicoterapia, nos casos associados à disfunção psicogênica. O tratamento medicamentoso funciona em 80-85% dos homens e costuma ser menos eficaz em homens com comorbidades associadas como: diabetes, cardiopatia, hipercolesterolemia, obesidade e hipertensão.

Quando existe falha dos tratamentos medicamentosos, orais e injetáveis, o passo seguinte na linha de tratamento da DE consiste na colocação de próteses penianas (infláveis ou semirrígidas) que garantem ao homem a capacidade de manter sua vida sexual ativa. 

 

Prevenção

Adotar hábitos de vida saudáveis, mantendo o controle do peso, não fumar, controlar de forma adequada o diabetes e a hipertensão são formas de evitar que a disfunção erétil se estabeleça.

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